terça-feira, 12 de abril de 2011

And I feel so freeeeeeeeeeeeee

Sabe, eu já fui muito aquele tipo de pessoa toda certinha que desprezava excessos. Na verdade, eu ainda tenho muitas ressalvas, a gente vive atrás daquela vocação pro equilíbrio que, definitivamente, não pertence ao ser humano. Mas a gente quer, né. Um dia eu faço um mix de Hilda Hilst e Odete Lara featurig Belchior, compro uma Casa do Sol, me isolo e converso com plantinhas, meditando às cinco da manhã.

MAS HOJE NÃO, RODRIGO.

O que eu estava dizendo? Ah, sim. Excessos. Pois é. Ainda fujo deles. Porém, de uns tempos pra cá, eu ando invariavelmente FASCINADO pelo kitsch.

Se me pegassem há cinco anos numa festa que toca, sei lá, BONDE DO TIGRÃO eu me sentiria mais ou menos como essa coruja.


Ou então faria essa expressão pras pessoas do local.



Entende?
Pois sim.

Hoje eu não só *aceito* a coisa como ainda me jogo dependendo do estado etílico, efusivo e tal.

Não que eu não chore mais ouvindo Bethânia, mas eu também aprendi a dancinha do TÁ DOMINADO com a Tulla Luana e, né, why not?

(Falando nisso:
0:46: VEJÃÃO!)

Enfim, né. Cês pegaram a vibe. Dance like none is watching feelings.

É claro que tudo isso configura um puta GUILTY PLEASURE, né.

Ler Caio Fernando Abreu, ouvir Valeska, ter camisas de gola V. Tudo isso é altamente questionável.. Mas é tão bom, gente!

Aqueles prazeres culposos. É como enfiar uma colher de chocolate na boca de uma anoréxica. Nega tá curtindo, nega tá se odiando por isso, mas não consegue parar.

Depois que a gente, humm, aceita a coisa... É um peso tirado fora. É como um ~~outing~~ de gostos exóticos, haha.

É claro que você também lê Sartre pra ''contrabalançar'' gostar de Manoel Carlos, por exemplo. (E se você gosta de Walcyr Carrasco, minha sugestão é ler toda a obra de Dostoiévski no original russo. Obrigado, de nada).

O que eu quis dizer é que você pode contrabalançar gosto erudito e ouvir até BELO se quiser, sabe. Ali, dividindo a playlist exótica com Villa-Lobos. O importante é ser você, mesmo que seja bizarrô bizarrô bizarrô [/Pitty].

E você, qual são seus prazeres culposos?
Leu Crepúsculo? Dança Ragatanga? Joga Colheita Feliz? Votou na Weslian Roriz só porque ela disse que era TUDO AZUL MARAVILHOSO? Conta pra gente!

6 comentários:

  1. Já tá ficando chato dizer isso, mas né. UM POST MELHOR QUE O OUTRO. A cereja do bolo foi a frase: “É como enfiar uma colher de chocolate na boca de uma anoréxica.” Já carreguei, hehe.
    Mas, sinceridade. Quem não admite seus prazeres culposos ou então nega tê-los é de um recalque absurdo. Digaí, quem nunca ouviu aquele CD pirata delícia que coligia tudo quanto era funk, na época de “América”? Putz, fui feliz pra caralho cantarolando DJ Marlboro!
    É óbvio que foi só um frenesi passageiro e passou com o término da novela. Mas aí eu mergulhei de cabeça no trash ploc, sabe aqueles discos com hits oitentistas compilados? Então. Tô nessas até hoje. Spandau Ballet coexistindo lindamente com Chico, Caetano, Bethânia e João Bosco na minha playlist...

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  2. Adorei o post... E a foto da coruja, hahaha xD
    Rapaz, eu não cheguei a ouvir esse CD pirata dos funks de "América". Em compensação, ouço João do Morro e Conde & Banda Só Brega. E tinha planos de ir ver Kelvis Duran no palhoção do Ipsep nas festividades de São João com uns amigos da faculdade, mas acho que não rola mais (y). Se vocês nunca ouviram falar de Kelvis e seu cabelo todo tratado no Kolene e creme Yamasterol, deem uma olhada no Google Images e RIAM.

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  3. O Jorge é um....cartoon! rs

    Adorando todos os posts dessa nova fase do Tatu!

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  4. O que é essa coruja??? kkkkk Ok, confesso que de vez em quando me deixo levar pelas situações e posso até mesmo cantar um funk, um pagode ou um sertanojo, afinal....temos falhas de caráter, não é mesmo? haha

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  5. gostar daquela música da Sandy e do júnior, a lenda...

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  6. ah, walter, aldeia é o edu que não sabe colocar o nome...

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