segunda-feira, 18 de julho de 2011

Chorar e chorar…

Já é uma coisa meio de domínio público que eu costumo me emocionar muito vendo TV. Não sou exatamente do tipo que chora até com comercial de margarina, mas em finais de novelas/minisséries que gosto muito, o que me dizem é mais ou menos isso:

Sei que você vai chorar e chorar… Chorar e chorar…

Ou, como diz o Walter... “aposto que a @evanaribeiro tá chorando” E em 99,9% das vezes ele acerta.

Isso me leva a pensar: gente, eu tenho uma milhagem de choro provocado por TV tão extensa assim? Segundo minha mãe, SIM. Dia desses ela andou contando que quando eu era bem pequenininha o SBT exibia uma série animada chamada “Marco: dos Apeninos aos Andes” que era a história de um garoto que se perdia da mãe e passava todos os episódios procurando por ela.

Minha mãe conta que sempre que eu via esse desenho eu já ameaçava abrir o berreiro. Fazia bico, arregalava os olhos. Eu devia ter, no máximo, dois anos quando Marco passou na TV e já estava dando mostras da manteiga derretida que eu viria a ser nos anos seguintes. Então hoje resolvi deixar vocês com um pequeno apanhado de cenas que me fizeram chorar pouquinho, chorar muito ou lavar o chão com minhas lágrimas. Ressaltando que as cenas não estão listadas por ordem cronológica ou de importância; vou botando o que vou lembrando mesmo. Vamos sentar e…
Chorar e chorar… Chorar e chorar…

1- Mensagem final de A Viagem [1994]: na primeira vez que assisti, isso em 94, chorei como um bebê, foi de soluçar, gente. Acho até que disse que nunca mais veria novela de novo – para na segunda-feira seguinte assistir a novela substituta sem piscar. Nas reprises não cheguei a esse nível de emoção, não.

2- A morte de Antero [Sérgio Britto] em “Pantanal” [1991]: dessa não achei link, mas é uma cena linda. Antero e seu neto Jove, ainda criança, estão jogando Pôquer juntos e Antero consegue fazer a jogada mais desejada de sua vida: o royal street flash. A emoção é tão grande que o velho acaba morrendo. O texto é uma das coisas mais lindas que já vi/ouvi na vida. E por falar em texto bonito…

3- A morte de Pichot [Tato Gabus] em “Que Rei Sou Eu?” [1989]: quando eu vi essa cena pela primeira vez, praticamente lavei o chão com as lágrimas. Sério, eu estava quase pegando o rodo. A parte emocionante começa quando Jean Pierre [Edson Celulari] mete a espada na barriga do ex-mendigo/ex-rei falsiê. E Juliette [Claudia Abreu], que acaba de chegar à cena, corre para abraçar o amado. Ele declara seu amor pela princesinha e… Gente, traz o rodo aí que o chão da sala tá alagado!

4- O funeral de Juscelino Kubitchek [José Wilker] em “JK” [2006]: lembro como se fosse ontem. Aquele povo cantando como pode o peixe vivo viver fora da água fria? e eu sozinha na sala, toda emocionada.

5- Cenas finais de TiTiTi [2010]: por “cenas finais” entendam a parte do bloco que começa na partida de Breno [Tato Gabus] e Dorinha [Mônica Martelli] num veleiro e que seguiu até o desfile final. Num bloco anterior eu tinha ameaçado chorar; mas foi Breno aparecer e eu comecei a chorar num nível que gente, ainda bem que eu tava sozinha na sala porque olhe… Se a barragem de Tapacurá estourasse naquele dia, iam botar a culpa em mim.

6- Cena final de “Anos Rebeldes” [1992]: o capítulo todo é muito bom, muito bonito; e quando chega no final, com Maria Lúcia [Malu Mader] olhando o álbum de fotografias, é o auge. Não consigo segurar… BUÁÁÁÁÁ!

E tem as menções honrosas: a morte de Carlos [Jandir Ferrari] em “Éramos Seis” [1994] e “Queridos Amigos” [2008] pelo conjunto da obra. Choro desde as chamadas. É sério.

Por hoje é só! Vou ali abraçar o lencinho de papel, até a próxima!

domingo, 17 de julho de 2011

O Astro: Simplesmente Perfeita.






Há exatos 10 anos eu não parava na frente da TV aberta para acompanhar o que quer que seja, na programação de qualquer emissora. Vi que, com o tempo, as programações foram perdendo a qualidade e tudo ficou superficial demais. Não que eu seja aquela pessoa intelectual, mas sentia falta de algo mais consistente para prender a minha atenção.


No que se referem às novelas, as coisas estavam indo de mal a pior, pois eu não via a magia que havia nas antigas novelas que eu assistia quando criança. Eram tramas rasas, sem entusiasmo nem empolgação. A impressão que eu tinha era que as novelas, de um tempo pra cá, eram “tarefas de casa” mal feitas. Eu via que os autores simplesmente tinham que se submeter a normas e regras idiotas que acabavam com o brilhantismo de suas obras. Assim abandonei as novelas.

Então, a globo, para comemorar os 60 anos da novela brasileira (que realmente merece todo o respeito do brasileiro) abriu um novo horário na programação, o das 23h, que sinceramente, estava em baixa. A obra escolhida foi uma que estava no meu imaginário desde sempre, O Astro. Novela da Janete Clair de 77. Sim, cresci com o mito “Quintanilha e Hayalla” na minha cabeça. Seria um remake do original sob responsabilidade de Alcides Nogueira.

Geralmente, eu tenho receio dos remakes. Sempre falo que os remakes são novas abordagens (Geralmente mais pobres) de grandes trabalhos (Seja na TV ou cinema). Se você assistiu ao original, tudo fica pior, pois as temíveis comparações sempre irão aparecer mais cedo ou mais tarde. Como não foi o meu caso, resolvi dar uma trégua a minha guerra particular às novelas e assisti a primeira semana.

Há tempos eu não via uma trama tão interessante quanto essa. Talvez porque a essência da Janete ainda esteja presente, talvez seja pela trilha sonora (que é maravilhosa) ou talvez seja pelo simples fato de eu estar voltando a assistir novelas. Seja qual for o motivo, eu tenho acompanhado de maneira natural a história da família Hayalla. 

Márcio Hayalla
Claro, ter nomes como Regina Duarte (Que sempre será a dona do grito tribal – MONSTRO), Carolina Ferraz (LINDA - como sempre), ou Tiago Fragoso (Um dos atores da nova geração mais talentosos que eu já vi, pois não é todo mundo que pode fazer, no primeiro capítulo, cosplay de abertura de novela, deixando um gancho impressionante para o segundo) ajuda bastante na hora de selecionar a TV na Globo. O elenco, alias, é o que tem me chamado a atenção. É um elenco, como eu costumo ler, redondo, sem falhas. Até parece que os personagens foram feitos especialmente para cada ator.

Herculano e Amanda
Puxando um pouco para a sardinha das mulheres... O que foi aquela troca de olhares no primeiro capítulo entre a Amanda e o Herculano, gente?! Eu fiquei sem fôlego, e eles dois, nos cinco segundos que apareceram em tela, conquistaram até o mais frio coração.  Foi lindo ver os dois juntos e o clima que paira todas as vezes que eles se veem. Acho que é o que tem me prendido mais. A forma como está sendo tratado esse romance. Somente uma coisa eu não concordo... A música tema: Easy do Faith no more é uma das músicas pop mais bonitas que existe, mas não deveria ser tema de nenhum casal, pois ela trata de separação, arrependimento... Mas ver a primeira vez deles dois ao som dela foi gratificante. 

Agora, como toda obra de proporções gigantescas, existem algumas falhas que não podem ser negadas. A trama é ágil demais, rápida demais. Os personagens passam por muitas coisas num curto espaço de tempo, não dando ao telespectador o tempo necessário para que ele absorva, com maior atenção, o que está acontecendo. A impressão que eu tive, era que havia uma ampulheta na hora da edição falando: “ei, ‘vamo’ logo com isso que eu ainda tenho que ir buscar o moleque no colégio”. O bom exemplo é que eu só vim realmente saber que o nome do personagem principal era Herculano, depois de ler algumas coisas para poder escrever esse texto. 

Quando preso e o personagem do Rodrigo Lombardi foi adotado pelo Cuoco (Aliás, achei brilhante essa homenagem que fizeram a ele chamando-o para ser o mentor daquele que dá o nome a novela), o “tempo” gasto no treinamento foi rápido demais; tudo bem que aquela cena foi mais para mostrar a passagem de tempo do Herculano na cadeia, mas no todo, a edição poderia ter perdido um pouco mais de tempo nisso, já que é isso que vai ser o alicerce da trama. Foram 50 min, dava pra ter gasto um pouco mais de tempo nesse treinamento.

Acho que a novela pode perder um pouco desse ritmo acelerado e preservar um pouco mais os problemas de cada personagem. Uma coisa que eu até agora fico me perguntando é saber o porque do Márcio ser tão revoltado com a condição dele e com o pai, como apareceu no primeiro capítulo. A impressão que me passou foi que ele sofria do velho problema “pobre menino rico”. 

Eu espero que isso seja esclarecido mais pra frente. São 34 anos de uma obra pra outra, a novela geração pode se utilizar da licença poética e travar um pouco mais o ritmo. A novela é boa demais para ficar se perdendo por detalhes idiotas e bobos, feito esse. E quando uma obra é boa, o que as pessoas menos querem é que ela termine logo. 

Mas que fique claro, eu também sempre quis saber quem matou o Salomão Hayalla! E você?

Vanessa (@Nessasc).

A força feminina em O Astro

Quando o Walter pediu um texto sobre O Astro, confesso que travei. Não que eu não tivesse o que falar sobre a produção, mas por sentir que a minha opinião se perderia em meio à chuva de elogios que marcou essa semana de estréia. A princípio, esta declaração pode soar parcial e sectária, afinal a novela marca o debut televisivo do nosso querido “Melão” Vitor de Oliveira. Mas, sem modéstia, temos todos nós, anos de novelas nas costas e podemos determinar de cadeira, quando estamos diante de um produto de alto nível.

O Astro, sem sombra de dúvidas, se encaixa nessa categoria. Encerra a primeira semana com chave de ouro, propiciando ao telespectador um verdadeiro deleite. Muitíssimo bem cuidada, a produção é digna de nota não apenas em aspectos referentes à técnica, como luz, direção, sonoplastia, mas também ao texto, escrito com delicadeza e sensibilidade, respeitando o original de Janete Clair. Devo dizer, no entanto, que o que realmente me chamou a atenção nesta primeira semana, foi à força das mulheres na trama. Todas contribuem muito para a história, participando ativamente, muito diferente do que se poderia supor numa primeira leitura, visto que o story-line indica a escalada social de um homem (Herculano Quintanilha).

Temos então, na linha de frente, três personagens fortíssimas: Amanda (Carolina Ferraz), Clô (Regina Duarte) e Lili (Alinne Moraes). As outras, obviamente, são de grande importância, e pelo andar da carruagem, alçarão grandes vôos, mas destaco estas por um simples motivo: foram as que mais brilharam na semana de estréia. Como não se envolver com a dor de Clô, diante do filho sedado, sendo levado para um hospício? A interpretação grandiloqüente de Regina Duarte, muitas vezes erroneamente associada à canastrice, só agregou verdade a dor da personagem... e na boa? Azar de quem não consegue perceber essas sutilezas e se deliciar com a pungência da atriz que, sem dúvida, é digna de figurar entre os maiores ícones da teledramaturgia brasileira.

O que falar, então, de Amanda? A rica e solitária arquiteta que se vê perdidamente apaixonada pelo misterioso Astro? Carolina Ferraz, afastada da mídia há algum tempo, voltou à cena em grande estilo, não somente prestando uma homenagem a brilhante Dina Sfat, intérprete da personagem no original, como também mostrando todo seu talento em uma interpretação radiante. E Lili? A suburbana cabeleireira perseguida pelo cunhado? Alinne Moraes, novamente, se mostra camaleônica. Diante desta personagem tão pra cima, tão solar, quem consegue lembrar-se da sofrida Luciana de Viver a Vida? É através deste trio de ouro que O Astro apresenta-se um autêntico folhetim janetiano, polarizando as atenções dos espectadores com sua rede de intrigas, tramóias e, principalmente, romance. Afinal, a grande graça é essa.

sábado, 16 de julho de 2011

… só de imaginar me dá vertigem…

herc_amanda Ah, l’amour! Vocês já devem ter reparado desde as primeiras cenas divulgadas que O Astro  tem uma pegada forte nas cenas de amor. E lá vai o amor rasgado, o amor rejeitado, ocultado, não-correspondido, por interesses financeiros etc. Não importa quais são os motivos, o que conta é que o amor e a paixão estão lá, para quem quiser ver e sem economia. Até agora só se passaram quatro capítulos, mas já deu para sentir o tom da  história e aqui cito alguns pares que me chamaram a atenção até agora.
Começando pelo nosso protagonista Herculano [aliás, deixa eu abrir um parêntese aqui para dizer o quanto Rodrigo Lombardi bateu todos os recordes de beleza com esse personagem!] e Amanda [Carolina Ferraz], que se atraíram de uma forma que se você for levar para a vida real, pensa “eita, que mentira arretada!” mas que na história é lindo! Ele lê os pensamentos da moça, aparece quando ela menos espera e outras maravilhas. Herculano é tão sedutor, mas tão sedutor que não dá tempo nem de ser racional, ele simplesmente arrebata você.
O arrebatamento da paixão leva à cegueira, surdez e até mesmo a uma certa leseira que nos leva a acreditar que o ser amado é a tábua de salvação, o oásis no meio do deserto. Está bem parecido com o caso de Felipe [Henri Castelli] e Clô [Regina Duarte], não é? Vocês já viram, ele conseguiu levar nossa carente socialite na conversa direitinho para a cama. Apaixonou, desanda a fazer besteira, gastar dinheiro com o homem. E isso é só o começo…
E tem a Lili [Alinne Moraes], que arrebata corações e entorta pescoços Penha afora. A musa de Natal [Antonio Calloni] também tem o seu romance garantido. Achei o primeiro encontro dela com Márcio [Thiago Fragoso] uma das melhores cenas de primeiro encontro de casal que já vi. Agora é só esperar para ver como esse plot vai se desnrolar.
Mas se teve uma cena que eu achei simplesmente *ooown* foi a da Jôse [Fernanda Rodrigues] deitada bem juntinho do Márcio na cama do hospital psiquiátrico e suas lembranças vindo à tona… Sinto que o triângulo amoroso Lili-Márcio-Jôse vai ser algo de dar muito gosto de ver.
jose_marcio Tirei um print porque olhe, cena maaar linda! *-* A propósito, até aqui todas as cenas da Jôse eu achei lindas.

Se eu fosse citar todos os casais, casinhos, paixões arrebatadoras e o tanto de gente que sofre e/ou vai sofrer por causa das artimanhas do coração ao longo da trama, o texto não acabava mais. Mas uma coisa é certa: para quem gosta de romance, como eu, O Astro é um prato cheio.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O imperador girando na roda da fortuna. Herculano Quintanilha nos conta a sua história.

O Astro Rodrigo Lombardi e este Tatu que vos escreve


No último dia 06, aconteceu no Circo Voador, Rio de Janeiro, o lançamento de O Astro, novela de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, escrita com a colaboração de Vitor de Oliveira e Tarcísio Lara Puiati, com base na trama homônima de Janete Clair. A produção, além de lançar uma nova proposta de dramaturgia no horário, anunciada como “a sua novela das 11”, também é a homenagem da emissora carioca aos 60 anos da teledramaturgia no Brasil.


Tarcísio Lara Puiati, Alcides Nogueira e Vitor de Oliveira


No ar, a trama de Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi), que após tentar dar um golpe em uma pequena cidade e ser traído pelo amigo Neco (Humberto Martins), é preso. Na prisão conhece Ferragus (Francisco Cuoco), um homem misterioso, que lhe passa ensinamentos de mágica e ilusionismo. Algum tempo depois, já livre, Herculano faz apresentações em uma casa de shows e acaba conhecendo Amanda (Carolina Ferraz). A novela também conta a história de Márcio (Thiago Fragoso), filho dos Milionários Salomão Hayalla (Daniel Filho) e Clô (Regina Duarte), mas que quer levar uma vida longe do poder e do dinheiro, o que causa grandes conflitos dentro da família. Márcio se envolve com a suburbana Lili (Alinne Moraes), manicure que é cunhada de Neco. As tramas de Herculano e Márcio se encontram e o ilusionista acaba tendo papel importante dentro do grupo Hayalla. É a trama de Janete Clair atualizada, com nova roupagem, visitada pelo sensível texto de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, mas sem perder os laços com o incrível universo da maga das oito


Carolina Kasting

Durante a festa de lançamento da novela, o que pudemos perceber foi a empolgação da equipe e a aposta no sucesso. O clip apresentado foi emocionante, contendo cenas que não constavam do primeiro vídeo divulgado. O elenco está afinadíssimo e muitos falaram animados sobre as personagens. Simone Soares e João Baldasserini, muito atenciosos, rasgaram elogios à novela.


Mariana Vaz e Thiago Fragoso

O Tatu, assim como grande parte do público, estará ligado na estréia de O Astro, que acontece hoje, depois de Tapas & Beijos. O blog deseja todo o sucesso para a equipe e principalmente para Alcides Nogueira e Vitor de Oliveira, duas pessoas mais do que queridas. Agora é esperar para ver o que os astros reservam para O Astro.


Carolina Ferraz