segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um depoimento para Manoel Carlos

Acompanhem agora uma história de superação, de força, de vontade de viver e vencer… Tá, vamos logo para essa história.

As aulas da especialização em Metodologia da Tradução terminaram em dezembro de 2010 e desde então estavam todos, eu e meus coleguinhas, rebolando para escrever nossas monografias e entregar em tempo hábil. A propósito, o tempo hábil se encerra na próxima segunda-feira. Projetos preparados, orientadores escolhidos, tudo estaria muito bem se a nossa coordenação fosse mais organizadinha e não deixasse tudo no melhor estilo a banda voou, geral a ver navios, uma baixaria.

Mas deixando os detalhes burocráticos de lado, o caso é que com muito custo e uma boa dose de preguiça, consegui escrever minha monografia. Trinta e seis páginas de alegria, sem contar com as páginas de capa, folha de rosto, resumo, abstract, agradecimento, dedicatória, epígrafe, sumário, introdução, referências e anexos [tudo isso, não necessariamente nessa ordem]. Tava uma lindeza.

Foi aí que o MS Word, agindo como um [en]viado do capeta, resolveu travar, apagar o arquivo e transformar as 36 páginas que foram escritas com tanto sacrifício nisso aqui:
hein

Sim, isso mesmo que vocês estão vendo. UM MONTE DE PONTOS DE INTERROGAÇÃO. Diga se não é pra chorar lágrimas de aguarráz!

No primeiro momento, a vontade foi de correr pra laje daqui de casa e me jogar de cabeça, pra cair bem na porta dos hômi de firma. Mas resisti e comecei a catar os pedacinhos do trabalho que eu tinha mandado para minha orientadora – uma santa mulher! – os rabiscos num caderno meio velhinho, gravações em áudio e DVD e remendar tudo. No fim das contas, ainda sem contar com as primeiras páginas, chegamos à marca das 41. Só. De. Raiva.

Recuperei o material perdido em uma hora e agora, após 24 horas do incidente, o trabalho está bem maior do que estava; com páginas inéditas, novas fontes incluídas, e uma autora mais confiante para entregar esse bagulho na próxima segunda-feira.

Sim, que lições podemos tirar dessa história toda?
a) Toda vez que eu me sentir desamparada, esquecida por Deus e o mundo, sempre que eu achar que ninguém me ama e ninguém me quer, eu vou lembrar que perdi uma monografia inteira e a recuperei quase toda em uma hora. Ou seja, eu sou linda, cheirosa, inteligente, esperta e tenho mais é que me amar.
b) Mesmo que eu tenha alterado uma vírgula, enviarei o arquivo para minha pastinha de backup virtual.
c) Preciso instalar um word mais recente e decente. Talvez ele trave menos.
Ou não, sei lá…

2 comentários:

  1. Que sufoco.

    Eu geralmente uso o e-mail como backup. Sacumé, pendrive é muito bão, mas pode queimar. CD, nem digo, mas vai que dá pau?

    E atualiza essa versão que MS Word é cilada, Evinha!

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  2. Olha, eu ficaria desesperado e teria sim me atirado da laje. Acho que me sentaria no chão e ficaria chorando.

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