quinta-feira, 5 de maio de 2011

Festa estranha, com gente esquisita...

Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece.


Não sei se procede. Mas na minha vida, pelo menos, todas as primeiras vezes foram inesquecíveis.


É claro que isso não configura um elogio. Nem sempre uma primeira vez é inesquecível por ser legal. Ela pode ter se tornado inesquecível justamente por ter sido péssima.


A primeira vez que você cai de bicicleta, por exemplo. Ou então, a primeira vez que você leva um fora. Ou ainda, se você brocha na primeira vez.


São recordações amargas, dolorosas. Mas nada que se compare a primeira vez, ou melhor, ao primeiro dia... onde quer que seja. O novo é um terreno escroto, baldio. Você nunca sabe se vai chegar lá e encontrar um piso de cerâmica ou então se vai afundar o pé na lama. É mais ou menos como se equilibrar na corda bamba, assobiar e chupar cana... tudo ao mesmo tempo agora.


Essa semana, eu meio que fiz isso. Comecei num novo emprego. Ou melhor, num novo estágio. O que me direciona pela enésima vez, à categoria de saco de pancada. O estagiário é aquele ser de vida inferior, que parece facilmente identificável - eu tiro isso pela quantidade de olhares enviesados que eu recebi.

Foi chegar lá, cruzar os corredores, pra ser analisado da cabeça aos pés com um certo ar de superioridade. O curioso é constatar que os 'fodões' mesmo, até que me trataram bem. A rejeição partiu da galera que, teoricamente, devia me acolher: os outros estagiários.



Vai entender a cabeça desse povo.

Um comentário:

  1. Eu tenho uma teoria de que estagiário é aquele sujeito infeliz, que só se lasca. Lembro que meu ano de estágio começou uma comédia e terminou um estresse só, quase fiquei doente. Eu adorava a turma da secretaria, que era quase toda de estagiários.

    Agora essa de segregação estagiária é nova pra mim...

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