sexta-feira, 29 de abril de 2011
A Trilogia do Zé
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Diga ao povo que eu... abdico!
E nem é mais paranóia minha. Teoria testada e sacramentada. Falo isso de cadeira, não por ser eu o objeto da questão, mas por levar em conta as reações das pessoas. Na infância, era aquela pança que me impedia de socializar. A galera lá, toda reunida no recreio pra jogar futebol, e eu isolado num canto comendo hambúrguer. A saída foi pôr o nariz de palhaço, porque dali pra levar bolinha de papel era um estalar. Não que fosse uma forçação de barra ou um tipo que eu tivesse representando, era só um meio de, digamos, 'ser aceito' ou 'incluído'.
Mas daí que o tempo foi passando e eu cresci [nem tanto, vai]. Na passagem pra adolescência, a mesma situação. Mas ali a coisa apertou um pouco mais, porque eu me vi diante das meninas. Elas lá, cocotinhas toda vida, e eu tendo que chegar junto. Foi nessa hora que o fã de Asimov saltou e eu percebi que, contrariando todas as expectativas, era tímido. Mas não tímido de gaguejar. Pro tímido de gaguejar eu nunca preenchi os requisitos. Era mais coisa de aparecer e pela enésima vez, pôr a capinha do "engraçado" pra tentar entabular um assunto. Na maioria das vezes, funcionava. Mas lá na frente, a corda partia e eu, ao invés de namorado, virava o "melhor amigo". E o que é pior. O melhor amigo "fôfo".
Nada pode ser mais humilhante prum homem do que carregar a pecha do "fôfo". De coração, perguntem pra quem quiser. Não há nada que desestimule mais, que faça mais a tua auto-confiança caminhar pro lixo. E eu me vi assim, do alto dos meus catorze anos, certo de que nunca conseguiria ninguém.
[todos chora]
Mas, de novo, veio o tempo. O senhor das razões, da lucidez. Sorte que eu fui prudente e segui os meus instintos. Da primeira vez que eu levei um fora, depois daquele cosplay de avestruz, eu tirei a cabeça do buraco e cheguei a cogitar o celibato. Fiquei obsessivo com essa idéia, cheguei até a consultar um padre lá da minha escola [é, gente. eu estudei em escola de padre]. Ele não me incentivou, nem tampouco me dissuadiu. Continuei maluco, fixo no seminário, mas aí veio a Grazi. É, a Grazi.
[desculpa, não conseguimos uma ibágem maior].
Foi graças à Playboy dela que eu descobri uma coisa que eu já sabia [mas não sabia que sabia], que definitivamente pra padre, eu não servia. E nem era por causa do celibato... que isso, hoje em dia, perdão Vaticano... o povo administra numa boa. Mas é que com criança a gente não trabalha.
Ops. Breve desleixo.
Voltando ao tópico... essa introdução toda, foi pra dizer que eu segui vida afora, carregando a pecha de "fôfo". Logo, contabilizando pouquíssimos amassos, ficadas e namoros na minha ficha no período do Ensino Médio. Pois bem. O tempo passou, e do médio eu vim pro superior. Aqui, encontrei a minha turma. Não que lá atrás eu não tivesse amigos. Mas é que agora, a coisa mudou de figura. Digamos, que eu consigo discutir de igual para igual. Sem contar que eles pensam parecido à beça comigo. E foi nesse 'mundo' que eu conheci a pessoa X, que é muito legal, mas sisuda. A pessoa Y, por sua vez, também conhecida minha, também legal e não tão sisuda, que me ajudou bastante a tirar o meu táxi do "vazio".
Agora, como no clássico de Carlos Drummond de Andrade, a pessoa Y gosta da X, que ninguém sabe se corresponde ou se gosta de alguma outra pessoa. Só que a pessoa Y precisa desesperadamente de uma resposta e tá contando comigo pra conseguir. Fui lá, né, todo bem intencionado e joguei verde pra X, que até agora não esboçou reação.
Das duas uma:
( ) ou X é lento(a) demais pra perceber que Y tá 'se querendo' ou
(X) sou um fracasso como cupido.
De qualquer forma, lavo as minhas mãos. Já tô com meu táxi na pista mesmo.
PS - Perdão pela demora. E brigado pela compreensão, galera do backstage.
terça-feira, 26 de abril de 2011
O tal do tããmbléér
Já tivemos a era do Orkut (em 2005, lembram? sôveio). Depois, o boom do facebook, inicialmente aderido pelos indies pedantes, aspirantes a carreira internacional de DJ.
De 2008 pra cá, quase todos os usuários criaram uma conta no Twitter. Isso sem falar dos inúmeros servidores para blogs – e dos fotologs que, aparentemente, acabaram, TODOS COMEMORA o fim de toda aquela exposição desnecessária de votos das creyça da tecpix nos jardins mal cuidados com machadinhas no cenário; isso sem falar nas pessoas mendigando comentários em seus FLOGÕES. Convenhamos, né.
E assim caminha a internet... A onda da vez atende por Tumblr. E se pronuncia como no título.
E o que seria o tal Tumblr? Fiquemos com a observação sempre sagaz da Wikipédia: O Tumblr é uma plataforma de blogging que permite aos usuários publicarem textos, imagens, vídeo, links, citações e áudio, é um blog de textos curtos, mas não chega a ser um microblog, estando em uma categoria intermediária entre o Wordpress e o Twitter. Os usuários são capazes de "seguir" outros usuários e ver seus posts em seu painel (dashboard). Usuários podem gostar (favoritar) ou reblogar (divulgar) outros blogs. O serviço de personalização e enfatiza a facilidade de uso.
Eu fiz um ano passado pra ver qualera do negócio. Não agüentei por dois dias, larguei de mão. Mas retomei no começo desse ano.
E sabe que tem sua graça? Eu acho. É verdade que você pode postar textos e áudio, mas a maior parte dos tumblrs parece dar destaque mesmo é às imagens. Sobre tudo.
Você, usuário, pode criar um pra postar imagens que você curta, apenas. Ou fazer um tumblr temático. Esses, meu amigo, super bombam.
Lembro que na época do BBB10, vi o primeiro Tumblr da minha vida: o Porra, Michel, que se dedicava a trollar com humor as bobagens feitas pelo participante
À época das eleições, teve o Dilma Fashion, só com montagens RYCAH da futura presidenta.
Vi o Fuck Yeah Dr Hollywood há uns meses atrás e achei muito engraçado também.
E há outros usos pro site também, uns mais comerciais, outros de humor, e até de ativismo virtual. De citações de autores também, com fotos bonitas e música triste na vibe cortauspulso também, porque não. Cartunistas ficam famosos pelo tumblr próprio, à medida que são reblogados e, assim, divulgados.
Toda uma nova forma de interação que não sei se todo mundo pode alcançar. Mas ta aí, pra quem quiser, à disposição.
É claro que isso tudo é sinal de que nossa sociedade não curte muito ler, porque prefere imagens e zzzz. É bem verdade, né. Acho que todo mundo concorda. Mas o que pega, pelo menos pra mim, é achar que é necessário tão ou mais sensibilidade pra entender uma imagem do que pra entender um texto. Eu acho.
PS: Ah sim, o meu é esse aqui. Porque Serge Gainsbourg formou meu caráter, dá licença.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Caras a tapa [ou: a noiva mais comentada do universo universal hoje]
domingo, 24 de abril de 2011
Deserto
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Aquele quando a inspiração não bateu e...
Dialogo001
segunda-feira, 18 de abril de 2011
In the sky of chocolates
domingo, 17 de abril de 2011
Clana - Amor clichê
quinta-feira, 14 de abril de 2011
No Ritmo do Cordel
Ok, ok, eu disse que não falaria de novela (ou falaria o menos possível), mas não resisti. Não farei uma crítica, apenas uma brincadeira rsrs
Quando o fogo cruzou o céu,
Anunciou uma nova era
Um tempo de renovação
Acabando a grande espera
Duas mulheres corajosas
Unindo mundos diferentes
Contando uma grande história
De duas raças valentes.
Dos castelos da Europa,
Atrás de um grande tesouro
Vieram o rei e a rainha
Ignorando um mau agouro
Não acreditando na previsão
Trouxeram também a princesa
Mas vieram cercados
De gente de pouca nobreza
No sertão do Brasil
Morava um povo sofrido
Cangaceiro e coronel
Num lugarejo perdido
Uma mãe muito amorosa
Um pai vivendo da sorte
Resolveram criar o filho
Longe da luta e da morte
E as duas mulheres valentes
Juntaram essas duas histórias
De um lado a menina princesa
Do outro, o cangaceiro consorte.
Pra saber o que acontece
Nesse forrobodó armado
Só mesmo assistindo
Ao lindo Cordel Encantado
Uma pequena brincadeira com a nova novela das seis que eu adorei. Que mais produtos com essa qualidade apareçam na TV. Torcendo pelo sucesso da novela, da equipe e das autoras.
Nada se perde, não é mesmo?
Nesta semana reciclo mais um texto meu. Prometo que quinta que vem vou encontrar algo que preste como inspiração para escrever.
Vocês vão ler desta vez uma crônica que escrevi para a cadeira de Jornalismo Impresso, ano passado. Se chama "Molhado" é a minha primeira incursão no gênero então, me perdoem pelo amadorismo. Boa semana a todos!
“Será água?”, pensou espantado.
Há muito que não via uma poça líquida, naquele solo já esturricado de dias, meses. Pensava que nunca mais sentiria o tato ensopado novamente como agora.
“Vai matá a secura de tudo, meu Deus!”, disse para o Altíssimo. Sentiu algo molhado mais uma vez. Eram os olhos, encharcados como estava a mão, do mesmo líquido tão precioso. Noite alta e os pássaros da escuridão davam seus pios.
“Vou matá a secura do meu boi, dos meus filho!”, disse mais uma vez para Deus.
Espantados também estavam os cinco pequenos que haviam descoberto aquele pedaço molhado de terra no quintal de casa, antes do pai voltar de sua viagem diária em busca de água. Agora estava borbulhando diante de suas pupilas sedentas, fracamente encadeadas pelo lampião que se recostava numa cadeira perto da velha porta.
“Vou matá a minha secura!”, disse para si.
Espantada também estava a mulher que carregava um sexto pequeno no ventre, vulto de uma incerteza.
“Ninguém vai morrê. Só a sede que vai!” exclamou finalmente em voz alta, na calada da noite.
Mas aquele molhado era diferente, viscoso. Tal qual baba de quiabo. Receoso, aproximou a mão das narinas, bêbadas do perfume da seca. Um cheiro denso e desconhecido subiu no céu negro do sertão.
“Isso daqui não é água...”, piou num fio de voz, tal quais os pássaros da escuridão que se faziam mais perto. Ou mais audíveis.
Os lábios da mulher se contraíram para conter o choro que vinha. Toda a esperança tinha ido embora. Os cinco pequenos tentavam entender o que se passava. O sexto pequeno do ventre, envolto em líquidos, não se preocupava com água ainda. O desespero se apossou do homem, como a seca tinha se apossado daqueles sertões. As tantas horas, os tantos dias de procura em suas longas caminhadas pesavam como chumbo em suas costas. As pernas tremeram e logo dobraram, fazendo com que ele ficasse ajoelhado diante daquela poça densa. Quis perguntar “Por quê?”, mas nessa hora esqueceu-se Daquele Homem (agora tão distante) pra quem mandava preces todas as manhãs antes de sair.
“O que eu vô dar de bebê pros meus filho? O que eu vô dar de bebê pra minha mulhé? O que eu vou dar de beber pra eu?”, disse atropelando as lágrimas que lhe escorriam. Lambeu o rosto antes que secassem. Num gesto doido e sedento, levou os dedos a boca. Cuspiu.
“Pai, tua mão tá preta!”, exclamou o mais velho, correndo para a porta, iluminada pelo um lampião de fogo tímido.
“Argh! Nunca vi poça brotano ólho escuro!”, exclamou o homem, escarrando. Nunca mais aquele gosto amargo e negro do petróleo sairia da sua boca.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Calada Noite Preta i'll be back!
Já foram ao ar dois capítulos, e parando pra analisar friamente a novela, você começa a se perguntar o POR QUÊ de tanto sucesso. De coração, ela é muito divertida; é verdade que tem ficado nos Trending Topics do Twitter; e é notável que há toda uma geração de pré ou pós balzacas alucinados com a reprise; mas de onde vem tanto interesse? Lá atrás, a resposta podia ser a temática. Mas tá todo mundo careca de saber que, de uns anos pra cá, os vampiros foram praticamente prostituídos... logo esvaziados. (E sim, estou falando com você, Stephanie Meyer, não vira a cara pra lá, não).
OU SEJA. Vamp poderia flopar lindamente e passar em brancas nuvens, como zil reprises por aí. Mas, pessoalmente, acho que isso não acontece por dois motivos: o primeiro, além do saudosismo, é claro... está na simplicidade da narrativa. Vamp é tematicamente ousada, mas isso é o molho; o grosso da história é levado com competência e não apresenta nada de novo. É basicamente uma(s) história(s) de amor. E aí falo do sentimento elevado à inúmeras potências, tipo a paixão de Carmem Maura e Jonas, madura, serena; a obsessão de Vlad por Natasha/Eugênia que o fez atravessar séculos atrás dela e por aí vai...
O segundo motivo é o humor... e o tom trash também, claro. Duvido muito que NINGUÉM tenha notado nos idos de 1991, quando a novela foi ao ar originalmente, o quão RIDÍCULO e OVER era assistir aqueles atores fantasiados (!) falando com dentadura de plástico; isso sem falar na teatralidade das interpretações e das próprias cenas (alguém, por favor, me explica isto):
terça-feira, 12 de abril de 2011
And I feel so freeeeeeeeeeeeee
MAS HOJE NÃO, RODRIGO.
O que eu estava dizendo? Ah, sim. Excessos. Pois é. Ainda fujo deles. Porém, de uns tempos pra cá, eu ando invariavelmente FASCINADO pelo kitsch.
Se me pegassem há cinco anos numa festa que toca, sei lá, BONDE DO TIGRÃO eu me sentiria mais ou menos como essa coruja.
Ou então faria essa expressão pras pessoas do local.
Entende?
Pois sim.
Hoje eu não só *aceito* a coisa como ainda me jogo dependendo do estado etílico, efusivo e tal.
Não que eu não chore mais ouvindo Bethânia, mas eu também aprendi a dancinha do TÁ DOMINADO com a Tulla Luana e, né, why not?
(Falando nisso:
0:46: VEJÃÃO!)
Enfim, né. Cês pegaram a vibe. Dance like none is watching feelings.
É claro que tudo isso configura um puta GUILTY PLEASURE, né.
Ler Caio Fernando Abreu, ouvir Valeska, ter camisas de gola V. Tudo isso é altamente questionável.. Mas é tão bom, gente!
Aqueles prazeres culposos. É como enfiar uma colher de chocolate na boca de uma anoréxica. Nega tá curtindo, nega tá se odiando por isso, mas não consegue parar.
Depois que a gente, humm, aceita a coisa... É um peso tirado fora. É como um ~~outing~~ de gostos exóticos, haha.
É claro que você também lê Sartre pra ''contrabalançar'' gostar de Manoel Carlos, por exemplo. (E se você gosta de Walcyr Carrasco, minha sugestão é ler toda a obra de Dostoiévski no original russo. Obrigado, de nada).
O que eu quis dizer é que você pode contrabalançar gosto erudito e ouvir até BELO se quiser, sabe. Ali, dividindo a playlist exótica com Villa-Lobos. O importante é ser você, mesmo que seja bizarrô bizarrô bizarrô [/Pitty].
E você, qual são seus prazeres culposos?
Leu Crepúsculo? Dança Ragatanga? Joga Colheita Feliz? Votou na Weslian Roriz só porque ela disse que era TUDO AZUL MARAVILHOSO? Conta pra gente!
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Sopa de letrinhas e sinais
sábado, 9 de abril de 2011
Que Mundo é esse?
Que mundo é esse? |
quinta-feira, 7 de abril de 2011
A Destruição de um Mito
Sério, fica o apelo. Você, entidade do mal que se apossou da nossa querida, eterna e
RESPOSTA DE SANDY AO TEXTO: